domingo, 8 de março de 2009

O Motoboy e o Stress


MOTOBOY ES (27)9966-1456 OU 8133-2966





A vida não é fácil. A de motoboy, então, nem se fala! Além do preconceito a que está submetido este imprescindível profissional das caóticas e engarrafadas metrópoles do mundo moderno, há ainda os perigos reais, no sentido de material, advindo da própria atividade a que eles (os motoboys) se propuseram desenvolver. Então, é uma fechada aqui, outra ali.
Por: D. Mallmith
É o pedestre atravessando fora da faixa de segurança. Têm os outros motoristas, os táxis, os ônibus. Tem a pressão do tempo... Sim, porque motoboys, em geral, são livres (será??) e trabalham por conta, ou seja, se conseguir efetuar a tarefa, ganha, se não... Não ganha. E neste contexto, quanto mais trabalhar, mais ganha. Então, pra se ter ao final do mês um salário razoável, tem que ralar pra caramba!
E ai que começam os problemas: a necessidade de se produzir mais, de se ganhar mais, faz com que o motoboy esteja sempre em estado de alerta, sempre esperto. Porque, se não, ele compra terreno mesmo, compra chão! Só que, quando motoboy afina no corredor, um inimigo oculto o espreita. E não são os outros “motoras”, não. E nem os “home”. É um inimigo muito mais poderoso. Tão poderoso que é capaz de levar qualquer um ao nocaute em poucos segundos. E pior, habita as nossas próprias entranhas. Estou falando, amigos, do stress.
Muito já se falou e se estudou sobre o tema, sendo consenso entre os especialistas que qualquer um, submetido a uma rotina estressante, predispõe-se inexoravelmente a acidentes. Aos motoristas estressados as pesquisas reservam uma probabilidade cinco vezes maior de que ele venha a causar ou se envolver em acidentes de trânsito com vítimas fatais. Tudo isto porque a imersão no trânsito tresloucado das grandes cidades, dia após dia, acaba por afetar a saúde física e mental dos indivíduos.
Mas o que se pode fazer: se não detonar nos corredores, não se ganha o suficiente; ganhando-se o suficiente para pagar as contas, se fica estressado? O segredo, como em tudo, é o equilíbrio. Talvez a solução seja não ter tantas contas pra pagar! Porque, não adianta o motoboy braço-duro encarar dezesseis horas surfando nos corredores. No outro dia, quando ele colocar o capacete, já estará cansado. E quando ele estiver “nas nuvens”, riscando um carro aqui, quebrando um retrovisor ali, desrespeitando as leis de trânsito, buzinando desnecessariamente, estará contribuindo de forma muito eficaz para enfraquecer suas próprias barreiras biológicas e psicológicas. E no dia seguinte, tudo se repetira novamente. Até que... Bem, um dia o anjo da guarda estará de folga... E não haverá o dia seguinte!

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